Bom dia meninas!
Dando continuidade ao tema: disfunções sexuais, hoje falarei um pouco mais detalhado sobre a disfunção da excitação sexual. Para quem ainda não viu, já escrevi como se dá a resposta sexual feminina e masculina CLIQUE AQUI e a diminuição de desejo sexual CLIQUE AQUI. Deem uma olhada para complementar a leitura!
Vamos lá, então!
A excitação sexual feminina geralmente provém do desejo e/ou de um estímulo sexual. Ela é caracterizada, principalmente, pela lubrificação vaginal (“sentir-se molhada”), além de outras alterações corporais, como: ereção clitoriana, ingurgitamento de pequenos lábios, aumento na tensão muscular corporal, da frequência cardíaca e respiratória e ereção do mamilo.
Dentre as mulheres que apresentam queixas de disfunções sexuais, 30% são decorrentes de alteração na excitação sexual, chegando a 62% nas mulheres que estão na pré-menopausa. Ela é caracterizada pela incapacidade persistente ou recorrente de lubrificação vaginal durante o estímulo sexual e de mantê-la até o fim da atividade sexual.
Assim como a disfunção do desejo sexual, as causas de disfunção da excitação sexual são inúmeras também, tais como: alterações hormonais, muito comum em mulheres na menopausa, onde há um declínio na produção de estrogênio, causando secura vaginal; conflitos conjugais, que geram na mulher pouca ou nenhuma motivação em ter relação sexual com o (a) parceiro (a); disfunção sexual do parceiro, como a ejaculação retardada, no qual a mulher não consegue manter a lubrificação; estimulação ineficaz, ou seja, muitos homens partem direto para penetração e a vagina não “está pronta” para recebe-lo; uso de alguns medicamentos, como antialérgicos e antidepressivos; e certas condições psicológicas, como a depressão e traumas.
Então o que pode ser feito para ter uma boa excitação sexual?
– Conheça sua anatomia;
– Invista em preliminares, através da manipulação do clitóris (o órgão feminino responsável pelo prazer) e estimule outros pontos erógenos. A mulher consegue explorar mais o corpo como um todo para se excitar, diferente do homem, que o foco é o pênis;
– Diálogo com parceiro (a). Não espere iniciativa dele (a) para conduzir o sexo. Conheça seu corpo. Converse com ele (a) sobre o que você gosta, onde quer ser tocada e suas fantasias;
– Durante o ato sexual, entregue-se e sinta toda experiência vivenciada. Pensamentos fora do contexto, como compromissos, serviço, filhos, medo de ser rejeitada pelo (a) parceiro (a), pensar apenas em agradá-lo (a), etc, interferem na excitação sexual. “Pensar menos e sentir mais” (Livro: Aprimorando a Saúde sexual, Instituto Paulista de Sexualidade);
– Investir em posições que estimule ou fique mais fácil para manipular o clitóris durante o ato sexual;
– Uso de lubrificantes;
– Em alguns casos, a terapia de reposição hormonal auxilia a mucosa vaginal a manter-se hidratada, mas o uso deste deve ser prescrito apenas pelo médico.
Bem meninas, espero que as dicas tenham sido úteis e reforço, mais uma vez, a sempre buscarem seu ginecologista de confiança para avaliar a real causa das alterações de excitação sexual e, desta forma, traçar as devidas condutas para o seu tratamento.
Um ótimo final de semana a todas!
Qualquer dúvida deixe nos comentários, ou entrem em contato pelo meu e-mail.
Beijos.
#SeConhecerFazBem
Mariana Cecchi Salata
Fisioterapeuta CREFITO-3 180647-F. Mestranda pelo Departamento de Ginecologia e Obstetrícia do HCFMRP-USP. Experiência em Sexualidade http://lattes.cnpq.br/4317700057984463 marianacecchi6@gmail.com
#universodesaia
Otimas postagens Mariana…Parabéns
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Obrigada, Maria Fernanda!
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Adorei o post da semana!
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Obrigada, Patrícia!
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